quinta-feira, 31 de março de 2011

Carnaval 2009

Objetivando minimizar os impactos negativos causados pelos resíduos jogados na rua, a AMAV doou sacos de lixo para as carroças que fizeram parte do cortejo de um Bloco Carnavalesco.         

          
                                         

Fórum Social Mundial 2009

AMAV RUMO AO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2009
VIOLÊNCIAS PLANETÁRIAS – Causas e Soluções
O Planeta Terra vem mudando constantemente não só por causas naturais, mas também pela ação do homem.
A problemática dos resíduos sólidos e líquidos “o efeito estufa” causado por substâncias que destroem a camada de ozônio, os impactos negativos da monocultura da soja e da cana de açúcar (etanol) e o desmatamento para criação de gado são alguns dos problemas ambientais decorrentes das atividades do homem.
Os resíduos sólidos e líquidos vem se tornando um dos mais graves problemas ambientais. Estão aumentando tanto em qualidade quanto em variedade. A cada dia que passa surge no mercado um novo produto e com uma nova embalagem, portanto, um novo resíduo. Os resíduos sólidos e líquidos quando não recebem o tratamento e o destino adequado, contaminam e poluem o ar, o solo e a água.
O “efeito estufa”, desestabilizador do equilíbrio energético do planeta, é segundo os cientistas o causador do aquecimento global. Gases como o carbônico, o metano, o dióxido e monóxido de carbono são apontados como os principais componentes atmosféricos que vem contribuindo para o “efeito estufa” além dos CFC (utilizados em geladeiras, condicionadores de ar, frascos de aerossóis, etc.,). Os sistemas de transporte valiosos para a economia mundial, assim como as indústrias; as queimadas, a decomposição microbiana da matéria orgânica, sob condições anaeróbicas, além de outras mais, emitem gases nocivos à atmosfera; a pecuária brasileira ocupa segundo pesquisas cerca de 80% de todas as áreas desmatadas na Amazônia. Para pesquisadores do Greenpeace o Brasil é o quarto emissor mundial de gases do “efeito estufa”. Como conseqüências acarretam graves danos à saúde humana.
A monocultura da soja, segundo pesquisadores ambientais, causam impactos ambientais negativos por degradarem áreas de ricos ecossistemas em biodiversidade. O avanço da cultura da soja na Amazônia é preocupante.
O etanol como combustível para veículos tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável e menos poluidora que os derivados do petróleo, mas, a produção desse produto causa impactos negativos e problemas ambientais gerados pela monocultura da cana-de-açúcar.
Qual a causa de toda violência planetária? É o desconhecimento das leis da natureza? É o afastamento do homem da natureza? É o egoísmo desmedido?
A atmosfera e os demais componentes naturais do planeta são fundamentais para a vida na terra. O homem precisa entender o funcionamento do universo em que vive para que possa colaborar para uma sociedade sustentável.
O debate sobre VIOLÊNCIAS PLANETÁRIAS – Causas e Soluções ocorreu no dia 31/01/2009 na UFPA – Básico – Bloco Hp – Sala 05 e contou com uma média de 40 (quarenta) participantes.
Palestrantes: Antenor Carlos (Pedagogo), Apollonya Porcelli
(Socióloga e Especialista em Educação Ambienta) e
Ângela Araújo (Pedagoga e Especialista em Educação)

A palestrante convidada, indicada por pesquisador da UFPA -  Belém, foi a socióloga e Especialista em educação Ambiental Apollonya Porcelli da Cornell  University – Ithaca -  NY , que veio pela Travel Funding Request Form (ressaltamos que Apollonya coordenou um projeto de sustentabilidade no município do Moju em 2008).
Teve como facilitadores a Pedagoga, Orientadora Educacional e Especialista em Educação e Ambiente da AMAV Ângela Maria Mata Araújo e o Pedagogo Antenor Carlos Pantoja Trindade.

Ângela Araújo, Presidente da AMAV
Participantes do Evento

A participação da AMAV no Fórum contou com o patrocínio de Ana Maria Mata Araújo e com o apoio da Arapari Navegação, UFPA Campus Abaetetuba e Maria Cardoso Carvalho.

Seresta Beneficente

No dia 20 de setembro de 2008, a AMAV realizou uma seresta com o objetivo de captar recursos para a entidade. O evento contou com a participação especial de três cantores Abaetetubenses: Moisés do grupo MOISÉS & MESSIAS, JOSÉ REGINALDO (SABINCA) E MICHELLE VINAGRE do GRUPO HARMONIA SHOW BAILE que fizeram doação de seus cachês para a AMAV.
O evento foi patrocinado pelas empresas ULTRALAR e ÓTICA CRISTAL e contou com apoio de várias empresas locais como: TV AÇAÍ CANAL 03, TV MIRITÍ CANAL 09, RÁDIO COMUNITÁRIA GUARANY FM, RÁDIO COPACABANA, ST ESTÚDIO DIGITAL  AÚDIOS VÍDEOS PRODUÇÕES, ARAPARI NAVEGAÇÃO, MARIARTE MALHARIA, SORVETERIA TRAB’S, BENÉ CALÇADOS, ALIANÇAS MATERIAL DE CONSTRUÇÃO, FÁBRICA DE GELO SÃO BENEDITO E GRUPO ABAIÃO.
O evento também contou com a colaboração especial de Maria Cardoso Carvalho e família e um numero enorme de voluntários. Listá-los seria uma tarefa difícil.
A todos vocês que de alguma forma, ajudaram na concretização de evento, a certeza da gratidão da AMAV pelo apoio e confiança.


Seresta Beneficente - 20/09/08

Seresta Beneficente - 20/09/08

Seresta Beneficente - 20/09/08

Seresta Beneficente - 20/09/08


Seresta Beneficente - 20/09/08

Seresta Beneficente - 20/09/08

Programa Miniempresa

Objetivando contribuir para uma formação mais ampla e mais enriquecedora dos jovens estudantes abaetetubenses a AMAV apóia a ONG Educativa Internacional Júnior Achievement (www.juniorachievement.org.br), e traz a Abaetetuba um de seus programas, o MINIEMPRESA. O programa MINIEMPRESA, funciona dentro da própria escola por um período de 15 semanas, contempla aluno do 2º ano do ensino médio e tem por objetivo despertar o espírito empreendedor do aluno com responsabilidade sócio – ambiental, proporcionando – lhe uma vivência do mundo dos negócios. Funciona com a participação voluntária de universitários e empresários da área de Recursos Humanos, Marketing Produção e Finanças.     
Foram contemplados em 2008 (2º semestre) a escola pública Benvinda de Araújo Pontes e a escola particular Instituto Nossa Senhora dos Anjos – INSA.
Os empresários que colaboraram para a realização do programa foram: Acivaldo – Rádio Conceição (área de marketing); Luís Silva – SERCAE Contabilidade (área financeira); Dilson Azevedo – Hotel Jarumã (área de recursos humanos); Braína – Universitária (área de recursos humanos) e Ângela Araújo – AMAV (área de produção) tivemos ainda uma participação especial do Profissional da área de marketing da empresa Oliveira & Oliveira, José Cristiano Queiroz que deu uma palestra sobre o assunto na aula inaugural da turma da Escola Benvinda Araújo. Antes de assumirem as turmas, estes profissionais passaram por dois treinamentos coma Diretora Executiva da Júnior Achievement Pará  a Srª. Ocirema Figueiredo.
A formatura dos 57 miniempresários ocorreu no dia 22 de janeiro de 2009 no auditório do INSA e contou com a presença da conselheira da Junior Achievement Pará, Drª. Neuza Yamada, da diretora Executiva da J. A. PA. Ocirema Figueiredo e equipe, representante SEBRAE - Belém, representantes das escolas participantes, empresários locais e familiares dos alunos. 
O paraninfo da 1ª turma do Programa MINIEMPRESA foi o Diretor Presidente da Papelaria dos Estudantes o Sr. Oscar Quaresma. 
O programa contou com a colaboração da CÂMARA DE ABAETETUBA, das empresas CASARÃO e HOTEL JARUMÃ que cederam espaços e recursos materiais para realização dos treinamentos, JACOP PALMS que abriu as portas da sua empresa para que os alunos conhecessem seu sistema de produção.
O programa também contou com apoio e colaboração de inúmeras pessoas além dos diretores e coordenadores das escolas, listá-las seria uma tarefa difícil. O universo se encarregará de gratificar a todas.
Ressaltamos que o PROGRAMA MINIEMPRESA só aconteceu porque ”você” ajudou “você” contribuiu, “você” colaborou, “você” acreditou... Foi graças a sua colaboração que esses alunos puderam ter uma visão do mundo dos negócios. Esperamos que, muito em breve possam dar bons frutos.

As atividades deste programa foram custeadas com recursos da Júnior Achievement Pará, AMAV, HOTEL JARUMÃ, ARAPARI NAVEGAÇÃO,  e as colaboradoras da entidade: ANA MARIA MATA ARAÚJO e ANA CLÉA MATA ARAÚJO.


Maria das Graças, Antenor, Dilson (membros da Diretoria da AMAV)
Ocirema Figueiredo (Diretora Executiva da Junior Achievement)
Ângela Araújo (Presidente da AMAV)
Maria do Socorro (Diretoria da AMAV)
Alunas da Turma do INSA
Alunos da  E.E.E.F.M. Benvinda  de Araújo Pontes
Empresários voluntários do Programa: Ângela Araújo (AMAV)
Acivaldo Negrão  (Rádio Conceição), Dra. Neuza Yamada  (J.A. PA),
Braina (Universitária), Dilson Asevedo (Hotel Jarumã) e
Ocirema Figueiredo (Diretora Executiva da J.A.PA)

Dr. Oscar Quaresma (Diretor Presidente da Papelaria dos Estudantes) 
foi o Paraninfo da turma.

Mídias Televisivas

Foi veiculado em 2008, primeiro ano de atuação da AMAV, três mídias televisivas. A campanha visou à disseminação de informações relacionadas à problemática que envolve os resíduos sólidos e líquidos urbanos.
Esta campanha contou com a parceria do Sistema Maratauíra de Comunicação Ltda. (TVA Canal 23) e Sistema Vale do Tocantins de Comunicação Ltda. (TV Miriti Canal 9).

1º. O Brasil desperdiça milhões de reais por ano 
 porque não recicla todo lixo que poderia.


Está ação foi realizada no mês de março/2008. Custeada com recursos da AMAV, Eduart’s Designer e TVA Canal 23 (seis inserções diárias).


2º. A humanidade entrou na era do descartável
Usa, joga fora e não reaproveita.
Você acha que essa é uma atitude correta?

Ação realizada no mês de abril/2008. Custeada com recursos da AMAV, Eduart’s Designer e TVA Canal 23 (seis inserções diárias).
3º. Você Sabia?
Que o lixo jogado nas ruas contamina o ar,
Provoca o entupimento de bueiros causando alagamentos, acidentes
E doenças na população?
Pense Nisso!

Ação realizada durante os meses de maio, junho e julho de 2008. Custeada com recursos da AMAV, Eduart’s Designer e TVA Canal 23 (seis inserções diárias) e TV MIRITI Canal 09 (quatro inserções diárias).

Mídias em Rádios

Com a finalidade de diminuir os impactos negativos ao meio ambiente causados pelo lixo jogado nas ruas, em março de 2008, a AMAV solicitou a alguns radialistas locais que veiculassem em seus programas os textos abaixo.
A Rádio Copacabana e a Natureza Publicidade foram nossos parceiros nesta campanha.

O LIXO

O problema do lixo não é só do governo, todos podem e devem colaborar da seguinte forma:
- jogando o lixo na lixeira;
- mantendo o lixo guardado em latões ou saco bem fechados;
- ficando atento para os dias e horário da coleta.                
Essas são algumas formas de participarmos da limpeza da cidade.
(Campanha de conscientização da AMAV)


VOCÊ SABIA?
... que o acúmulo de lixo nas ruas e terrenos baldios se torna refúgio e criação de ratos, moscas, baratas que são responsáveis pela proliferação de inúmeras doenças como: hepatites, verminoses, amebíase, leptospirose, entre outras?
Fique atento para os dias e horários da coleta.
                                                          (Esta é uma campanha educativa da AMAV)

Ação custeada com recurso da AMAV, Rádio Copacabana e Natureza Publicidade.

Mídias em Jornal

Através do marketing social em jornais, a AMAV teve como pretensão disseminar informações acerca da problemática que envolve os resíduos sólidos e líquidos urbanos objetivando desenvolver na população uma consciência ambientalista.
Alguns artigos fizeram parte da primeira campanha da AMAV que foi realizado no período de janeiro a abril de 2008, tendo como parceria o Jornal Abaetetubense A FOLHA DA TERRA.



Um litro de óleo de cozinha despejado nos rios contamina um milhão de litros de água... Apenas 1% do óleo de cozinha do mundo é reciclado...





Uma tonelada de plástico demora
de 200 a 450 anos para se decompor.
Se essa mesma quantidade for reciclada
evitaremos a extração de milhares de litros
de petróleo.


Carnaval 2008

Carnaval 2008:
Por acreditar que a informação é um instrumento eficaz nas mudanças de valores e atitudes, a AMAV buscou desenvolver duas ações no carnaval abaetetubense 2008.
A primeira ação buscou parceria com o Setor de Comunicação da prefeitura para a veiculação dos textos abaixo durante a programação oficial do Carnaval.


PRESERVE A VIDA . JOGUE O LIXO NA LIXEIRA. 
Campanha de conscientização da AMAV

MANTER NOSSA CIDADE LIMPA REQUER A PARTICIPAÇÃO DE TODOS. TENHA ATITUDE. JOGUE O LIXO NA LIXEIRA. 
Campanha de conscientização da AMAV
O LIXO JOGADO EM LUGARES IMPRÓPRIOS COMO RIOS, IGARAPÉS E TERRENOS BALDIOS, ATRAI ANIMAIS DIVERSOS, ALGUNS DOS QUAIS TRANSMISSORES DE DOENÇAS COMO RATOS, BARATAS E MOSCAS. PORTANTO, AMBIENTE LIMPO É SINÔNOMO DE POVO SAUDÁVEL. 
Campanha de conscientização da AMAV


A segunda ação da AMAV foi em parceria com um Bloco Carnavalesco que veiculou os textos acima durante a concentração e o cortejo do bloco.
A AMAV fez doação de sacos de lixo para as 15 (quinze) carroças que fizeram parte do bloco.
Durante a concentração do bloco, foi concedido um tempo à dirigente da AMAV, Ângela Araújo, para que expusesse a finalidade da campanha.


Ação custeada pela colaboradora da AMAV - Ana Maria Mata Araújo



Membros

A Amazônia Alegre e Verde - AMAV conta com uma equipe de 15 pessoas e voluntários que possuem formações em diversas áreas, como por exemplo, Pedagogia, Tecnologia em Saneamento Ambiental, Técnicos em meio Ambiente, graduando em Engenharia Química, entre outros. Conta também com um Contabilista e um Advogado.

O atual corpo diretório é apresentado abaixo com os cargos e os seus respectivos membros: 

Presidente: Ângela Maria Mata Araújo – Pedagoga / Orientadora Educacional e Especialista em Educação.
Vice-presidente: Érica Mendes de Moraes - Tecnóloga em Saneamento Ambiental / Pós-Graduanda em Gestão Ambiental / Graduanda do Curso de Engenharia Química.
Tesoureira: Raquel da Silva Bitencourt – Técnica em Saneamento Básico.
Secretária: Elizete Cunha Farias – Graduanda nos Cursos de Biologia e Técnico em Meio Ambiente.
Conselho Fiscal:
Efetivos: Osmarina Oliveira da Silva – Profª. de Geografia (Aposentada).
                  Cleidson Leonel da Silva – Profº. de Matemática.
Suplente: Maria Benedita Cardoso Carvalho – Agente de Endemias.
                    Maria Odília Baia Brasil  Profissional Autônoma .

Histórico da AMAV

Idealizadora - Nascida no rio Ararapu, município de Abaetetuba – PA, Ângela Maria Mata Araújo é pedagoga, Orientadora Educacional e Especialista em Educação.
Ao cursar sua segunda faculdade – Serviço Social – na UFRJ na década de 90, participou do Fórum Universidade e Desenvolvimento Sustentável em maio de 1992 no Instituto de Biologia daquela universidade. Tratava-se de uma preparação para o Rio – 92 (ECO 92) que viria a se realizar um mês depois naquela cidade.
Mesmo estando comprometida com duas pesquisas sobre representações sociais, Ângela conseguiu absorver um pouco daquele que foi o maior evento até hoje realizado no Brasil. Naquela ocasião, ela jamais imaginaria que um dia viria a se interessar pela área ambiental.

RIO 92 - As inúmeras “fugidas” do Laboratório Imaginário Social e Educação – LISE, fizeram Ângela conhecer um pouco do que o mundo tinha para oferecer em termo ambiental. Indústrias de vários países reunidas em um só espaço, demonstravam seus maquinários (utilizando a mais alta tecnologia), demonstrando que é possível solucionar os problemas ambientais: as instituições, reunidas no aterro do flamengo, demonstravam suas ações concernentes ao meio  ambiente; as palestras nas universidades por especialistas e políticos, relatavam suas experiências e esperanças; e os passeios ecológicos acompanhados por especialistas motivavam um repensar sobre a importância de preservar a natureza. Um mundo de conhecimento e possibilidades havia se descortinado naquele evento. Sem dúvidas, um evento indescritível e inesquecível. Ela acreditava, que essa foi à sementinha que impulsionou o que está sendo realizado hoje, pelas suas mãos (evidentemente que com a colaboração de inúmeras pessoas), através da Amazônia Alegre e Verde - AMAV.

Experiência fora do Brasil – 1992 - Incentivada por pesquisadores franceses que expuseram na RIO – 92, Ângela conhece uma comunidade cosmopolita – os habitantes da Guiana Francesa. Apesar da diversidade de culturas, pôde presenciar um povo culto, organizado, vivendo em harmonia com a natureza: pequenos agricultores vendiam diretamente seus produtos no mercado local; não se via crianças trabalhando nas ruas nem mendigos; a travessia de ruas sem sinal era prioridade dos pedestres; nas praias e rua não se via lixo; as residências utilizavam lixeiras para depositar seu lixo e a noite um maquinário automatizado passava pelas ruas recolhendo-o (não se via “garis” colocando as mãos em lixo); havia reuniões nos bairros com dirigentes políticos para conhecerem as reais necessidades daquela comunidade; existiam inúmeros órgãos de assistência social que amparavam necessitados; e, não se ouvia falar em inflação. Um regime social democrata que mostrava ser possível em uma sociedade organizada. Essa experiência marcou muito a Pedagoga Ângela Araújo que ao retornar ao Brasil pensou: - Ainda temos muito que aprender!

O despertar - Em 2002, Professora concursada do município de Fortaleza/ CE, Ângela Araújo desenvolve o projeto “POVOS INDÍGENAS” com uma turma da 3ª Série do Ensino Fundamental em parceria com o Centro de Referência do Professor – NTE (onde estava se capacitando) e a Universidade Federal do Ceará. Nesse projeto, a professora uniu a captação e edição de imagens com aula de campo visitando a Aldeia Pitaguary no município de Maracanaú.
As poucas horas de convivência com a comunidade indígena foram significativas tanto para os alunos quanto para aquela professora que pôde presenciar o alto grau de harmonia entre o homem e a natureza.
Os alunos assistiram encantados aos espetáculos das crianças indígenas pulando dos galhos das árvores no rio, seus olhinhos brilhavam de contentamento. Pena que sua realidade não incluía esse tipo de emoção.
O comportamento das crianças indígenas em sala de aula que contrastava com o das crianças urbanas, e a maneira como a índia anfitriã (Madalena) falava e dava atenção à turma - 35 alunos eufóricos e agitados – foi algo que chamou à atenção da educadora que na pausa para o lanche no final da “aula – passeio”, embaixo de uma frondosa mangueira pôs-se a questionar. Não poderia sai daí sem antes perguntar de onde vinha tanta tranqüilidade e paciência. Ângela perguntou então a Madalena como ela conseguia ser tão tranqüila e paciente o tempo todo diante de tantas crianças impacientes. Ela apontou para uma mangueira e disse mais ou menos nessas palavras: - “Você está vendo esta árvore? Foi o meu povo que plantou. Para chegar ao que ela é hoje foi necessário esperar muitos anos. Ela está dando frutos agora, depois vai parar e só vai voltar a dar na próxima estação. A gente aprende a ser paciente, convivendo com a natureza”. A educadora percebeu então a razão de tanto estresse da comunidade urbana.
Ao deixar a Aldeia Pitaguary, a turma estava em estado de graça. Como se aquele lugar tivesse uma energia especial. E tinha, a da natureza e a de uma comunidade que sabe conviver com ela sem degradá-la.
O encontro com a natureza e com aquele povo mexeu tanto com as crianças e a professora que algum tempo depois retornaram aquele lugar. Uma experiência que com certeza ficará registrada para sempre na memória de cada um.
Essa convivência motivou a educadora a se aprimorar na área ambiental. Fez um curso para multiplicadores em Educação Ambiental oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente do Ceará. O curso proporcionou-lhe maior conhecimento sobre a natureza e uma ampla visão sobre os problemas ambientais. Com os conhecimentos adquiridos pôde desenvolver projetos escolares sobre resíduos sólidos urbanos na escola que atuava.

Acesso à Literaturas Ambientais - Em 2004, Ângela passou a morar em Belém e ministrar aula em sala de leitura na Escola Municipal Rotary onde teve acesso a inúmeras literaturas ambientais (como o Plano Nacional do Livro e da Leitura – PNLL – as escolas públicas foram bem equipadas por um bom acervo bibliográfico) voltando a tomar ciência da gravidade da situação. Sensibilizada com os estragos que a chuva ácida causou na Europa e como forma de alertar nossa população, ela escreve uma história infantil sobre essa problemática intitulada “O LAGO MORTO” (ainda não publicada).
Preocupada com as conseqüências sobre o destino inadequado dos resíduos sólidos urbanos, Ângela faz uma pesquisa sobre o assunto e visita o setor de resíduos sólidos da prefeitura que já desenvolvia um trabalho de coleta seletiva em alguns bairros de Belém. Ela percebe que se trata de um trabalho árduo, lento e caro. 

Elaboração de um Plano de Ação para Agilizar a Coleta Seletiva - As leituras incutiram na mente da educadora o desejo de contribuir para a minimização da contaminação e poluição do nosso patrimônio natural pelos resíduos. Um grande desafio. Vê na coleta seletiva e na mídia grandes aliadas nesse processo. E resolve elaborar um plano de ação para essa problemática se prontificando a desenvolvê-lo e, envia-o ao prefeito que o encaminha ao órgão competente. Mas este, não é ainda o seu momento, após a negociação de cargos e salários, ocorreram imprevistos. Ângela também muda de cidade e o plano é engavetado.

Retorno a Terra Natal - Em 2006, Ângela resolve retornar à Abaetetuba, sua cidade natal. Vê aglomerado de lixo por inúmeros quarteirões da cidade. O Igarapé onde ela havia tomado banho quando criança, estava abarrotado por lixo e esgoto. O município não tinha Secretaria Ambiental nem se ouvia falar em Agenda 21. Isso, após 14 anos da RIO-92 (Evento no qual foi firmado compromisso entre os países participantes para a minimização dos problemas de contaminação e poluição ambiental...).
Ciente da situação daquela comunidade (Ângela tinha a consciência de que o lixo é um dos grandes vilões à saúde pública...), Ângela desengaveta seu “Plano de Ação para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos” e apresenta-o à algumas autoridades públicas mais não obtém resultado algum. Conhecedora do trabalho de algumas ONG’s e disposta a colaborar de alguma forma para a minimização daquela problemática decide criar uma ONG e convida para a concretização dessa idéia alguns profissionais desejosos em contribuir para uma cidade onde a população venha a desenvolver uma consciência ambiental e colabore com a implantação da coleta seletiva – experiência realizada em inúmeros países e cidades brasileiras.

Concretização da Amazônia Alegre e Verde – AMAV - Dilson Estácio Asevedo da Costa, participante de uma ONG e Maria Cardoso Carvalho profissional do Setor de Endemias, foram pessoas chaves no processo de criação da AMAV. Estes profissionais divulgaram a proposta da ONG à outros profissionais que desejosos de contribuir para uma cidade saudável e bonita, onde a coleta seletiva fosse uma realidade, aceitaram o convite para fazer parte da associação e, após inúmeras reuniões foi fundada em 16 de dezembro de 2007 a Amazônia Alegre e Verde – AMAV.
É relevante ressaltar que, os membros-fundadores tinham a visão de que a coleta seletiva é um trabalho árduo demais somente para o poder público, e que outras instituições desempenham um papel relevante nesse processo estimulando a comunidade em geral a  colaborar (situação que ocorreu em outros países), foi fundamental para que levássemos a frente à concretização da AMAV. Mas, nossa ONG em momento nenhum substituirá o papel do poder público, vem simplesmente contribuir.
A fundação da AMAV teve o apoio da ASSIPAG (Associação Integrada do Palácio do Governo); da CONTAR SIMÕES CONTABILIDADE na pessoa do Sr. Ricardo Simões e da SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE ABAETETUBA na pessoa da Dra. Antônia Botelho. Além disso, o apoio financeiro dos membros-fundadores foram relevantes nesse processo.
As parcerias realizadas com EDUART’S DESIGNER (criação de mídia); o SISTEMA MARATAUÍRA DE COMUNICAÇÃO – TV AÇAÍ CANAL 03 (doação de 06 inserções diárias); o SISTEMA VALE DO TOCANTINS DE COMUNICAÇÃO LTDA – TV MIRITÍ CANAL 09 (doação de 04 inserções diárias); o HOTEL JARUMÃ (espaços físicos); a ARAPARI NAVEGAÇÃO (doação de passagens) e o IEPAM (doação de bolsa de estudo integral – Técnico em Meio Ambiente), foram fundamentais para a concretização dos objetivos da AMAV.
A união de forças nos levará a obter muito em breve uma Abaetetuba mais limpa, onde a coleta seletiva será uma realidade.
À todas as empresas e profissionais que doaram seu espaço, tempo e dinheiro a eterna gratidão da mãe natureza.
    Fundadores:
    • Ângela Maria Mata Araújo – Pedagoga e Especialista em Educação.
    • Dilson Estácio Asevedo da Costa – Administradora de Empresas.
    • Márcia do Socorro Cardoso Carvalho – Economista.
    • Antenor Carlos Pantoja Trindade – Pedagogo.
    • Marcelo Gomes da Silva – Professor de Artes Marciais.
    • Ocinéia Xavier de Almeida – Professora e Líder Comunitária.
    • Maria do Socorro Barreto de Souza – Estudante Líder Comunitário.
    • Maria Cardoso Carvalho - Agente de Endemias
    • Maria das Graças Barbosa Cardoso – Empresária e Líder Comunitária.